1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.


Constituição da República Portuguesa, Artigo 37º

domingo, 16 de agosto de 2009

Desemprego

Soubesse esta semana que havia 125.000 pessoas já sem subsidio de desemprego e vamos ter a curto prazo qualquer coisa como 360.000 de desempregados sem subsídios , pergunto , como se vai resolver esta situação ??

Senhores da politica em vez de andarem a discutir se á esquerda se á direita devem urgentemente pensar é neste assunto  que é ´mais sério que todos os outros de que se fala é muito preocupante .

Tão preocupante como já ouvi dizer a esta gente , sem futuro e sem mais nada que não andam aqui a fazer nada mas que vão ser recordados pelas más noticias , ponham-se a pau que isto vai aquecer .

Dizem-nos nos seus discursos que a culpa é da crise , mas afinal quem foi que a criou ?? Foram os trabalhadores , ou teriam sido os politicos e a libertinagem de uma economia desenfreada de ganhos de cartel sem control porque valia tudo até Dª brancas , sic , BPP .

O próximo ano vai ser dramático , a continuidade do desemprego vai ser uma constante , a carência das pessoas vai aumentar e o País não vai ter resposta a esta necessidade , com cada vez mais a divida publica a ser maior e o País a sair fora de control . 

235 mil desempregados estão à procura de trabalho há mais de um ano. Baixas qualificações criam riscos acrescidos.

A subida do desemprego para valores recordes é sobretudo explicada por despedimentos recentes. Os últimos dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) confirmam, porém, uma outra tendência que os registos dos centros de emprego já evidenciavam: está já a subir o número de pessoas que tarda em sair da situação de desemprego. Há agora cerca de 235 mil pessoas desempregadas há mais de doze meses, um valor que iguala o máximo registado no final de 2006.

"O desemprego de longa duração é sempre o grande problema na gestão do Governo do mercado de emprego", explica António Monteiro Fernandes, professor de Direito Laboral. "Pode comparar-se a uma doença crónica, porque vai implicando perda de contacto com o mercado de trabalho e, logo, de empregabilidade", diz.

O número de desempregados ultrapassou o meio milhão de pessoas no segundo trimestre deste ano. O facto de mais de 70% dos 98 mil novos desempregados ter apenas o ensino básico é mais um factor de risco. "Uma parte das novas situações destinam-se a desemprego de longa duração. É o caso dos menos qualificados", admite o ex- presidente da comissão do Livro Branco, documento que esteve na origem da revisão do Código do Trabalho. A indústria transformadora é um dos sectores que mais contribui para a destruição de postos de trabalho, com menos 43 mil empregados do que há um ano. 

"A subida do desemprego de longa duração está associada a problemas que não ficaram resolvidos", afirma Nádia Simões, investigadora do Observatório Europeu do Emprego, sublinhando que os governos tem dado mais atenção ao desemprego jovem. 

"Este choques [conjunturais] tendem a agravar o problema porque forçam reestruturações que mais tarde ou mais cedo tinham que acontecer", afirma. A questão está no desajustamento entre as qualificações e as necessidadades da economia, acrescenta António Monteiro Fernandes. "Temos tido, há décadas, um alto nível de desemprego implícito. São esses níveis que agora se evidenciam", refere.

Carlos Pereira da Silva, especialista em Segurança Social, está convencido que o desemprego de longa duração vai continuar a subir - na indústria mas também no comércio - arrastando consigo uma taxa de desemprego estruturalemente mais elevada. O especialista entende que é preciso facilitar a passagem à pré-reforma, porque "quem fica desempregado aos 55 anos nunca mais volta ao mercado". A opção, que tem sido rejeitada pelo Governo, é também desaconselhada por António Monteiro Fernandes, para quem a solução passa pelo investimento na activação do funcionamento dos centros de emprego, a par de "um grande esforço de requalificação". 

"Vai havendo um processo natural de solução, as pessoas vão tendendo a entrar na inactividade", afirma Nádia Simões. A população activa registou neste segundo trimestre uma das maiores quedas de que há registo.

Sem comentários:

IP