Um ministro português recebeu, em Lisboa, um ministro angolano. Simpático, o
ministro português convidou o outro a ir lá a casa. O ministro angolano foi
e ficou espantado com a bela vivenda, em bairro chiquérrimo e com piscina.
Com a informalidade dos angolanos, pôs-se a fazer perguntas.
- Com um ordenado que não chega a cinco mil Euros limpos, como é que o meu
amigo conseguiu tudo isto? Não me diga que era rico antes de ir para o
Governo? O ministro português sorriu e disse que não, que antes não era
rico. E, em jeito de quem quer dar explicações, convidou o outro a ir até à
janela.
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Sim - respondeu o angolano.
- Pois é: foi adjudicada por 100 milhões. Mas, na verdade, só custou
90... - disse o português, piscando o olho.
Semanas depois, o ministro português foi de viagem a Luanda. O angolano quis
retribuir a simpatia e convidou-o a ir lá a casa. Era um palácio, com
varandas viradas para o pôr-do-Sol do Mussulo, jardins japoneses e piscinas
em cascata. O português nem queria acreditar, gaguejou perguntas sobre como
era possível um homem público ter uma mansão daquelas. O angolano levou-o à
janela.
- Está a ver aquela auto-estrada?
- Não ....
1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.
Constituição da República Portuguesa, Artigo 37º
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