1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
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Constituição da República Portuguesa, Artigo 37º

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Alberto João e falta de tomates

O inefável Alberto João Jardim está – como costuma estar – ao ataque! Franco atirador, não se pode dizer que seja um sniper. Falta-lhe habilidade, subtileza e pontaria para tal, ele que dispara a peito aberto. Como bom zulu que se preza de ser, vê-lo apontar ao alvo com arco e flechas grandes seria normalíssimo.

Desta feita e a propósito do referendo sobre a IVG, Alberto João diz que os portugueses do Contenente não têm testículos. Podia ter dito tomates ou mesmo…, a sua língua desbragada é capaz de tudo. Parece, no entanto, que falou apenas em falta de testículos. Para quê? Para dizer que o resultado do referendo à interrupção voluntária da gravidez (IVG) não é vinculativo. Ele sim, ele tem-nos e no lugar. Se não o acentuou, pensou-o. Logo, prometeu levar a sua posição – contra a aplicação da futura lei na Madeira – até ao Tribunal Constitucional.

Antes, ou seja, em declarações aos jornalistas depois de ter votado no referendo, no Funchal, afirmara que "se o Estado legislar a favor disso [do sim], vai ter que dar dinheiro à Madeira, nós não estamos preparados, nós não temos dinheiro porque fomos roubados. Quem nos tirou dinheiro vai ter de pagar".

Ora bem. Entre a população capada e a massa que lhe falta por ter sido «roubado», sem especificar porquê, o homem continua a virar-se contra o poder central e a dar as cambalhotas necessárias para que o crime, o seu crime, compense. Entre ameaças e chantagens, ele continua imparável. Até já fala em eleições antecipadas para a Região. Não me restam dúvidas: os pobres de espírito julgam normalmente que conquistam o reino… da asneira. Antunes Ferreira

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