1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.


Constituição da República Portuguesa, Artigo 37º

sábado, 20 de agosto de 2011

ADVOGADO TERMINANDO UM NAMORO...


Prezada Cristina de Albuquerque Pereira Lima da Silva e
Souza! Face aos acontecimentos referentes ao nosso
relacionamento, venho por meio desta, na qualidade de homem
que sou (apesar de VSa. não me deixar demonstrar, uma vez que
não me foi permitido devassar a vossa lascívia) retratar-me
formalmente de todos os termos até então dirigidos à sua
pessoa, o que faço com supedâneo no que se segue:

A) DA INICIAL MÁ-FÉ DE VOSSA SENHORIA:
1.1. CONSIDERANDO que nos conhecemos numa festa, e que, ainda
antes de perguntar o seu nome, me foi permitido beijá-la;
1.2. CONSIDERANDO o seu olhar lascivo enquanto dançava na
pista, esperando que eu me aproximasse;
1.3. CONSIDERANDO que, com os beijos calorosos que trocámos
naquela noite, V. Sa. me induziu a crer que em breve
estaríamos explorando os nossos corpos em incessante e
incansável actividade sexual;

B) DOS PREJUÍZOS EXPERIMENTADOS:
2.1 . CONSIDERANDO que fomos ao cinema e fui eu que paguei
as entradas, já para não falar no jantar após o filme;
2.2. CONSIDERANDO que já levei Vossa Senhoria às discotecas
mais badaladas e caras, sendo certo que fui eu, de igual
sorte, quem suportou os gastos;
2.3. CONSIDERANDO que até à praia já fomos juntos, sem que
Vossa Senhoria gastasse um cêntimo sequer, e que se recusou a
vestir o biquíni alegando que estava muito vento;

C) DAS RAZÕES DE SER DO PRESENTE:
3.1. CONSIDERANDO QUE, até à presente data, após o longo
prazo de duas semanas, Vossa Senhoria não me permitiu tocar
nos seus órgãos genitais;
3.2. CONSIDERANDO QUE, em última análise, Vossa Senhoria
ainda não me deixa sequer encostar a mão na sua cintura com a
alegaçãozinha barata de que sente cócegas;

D) DECIDO, SOBRE O NOSSO RELACIONAMENTO, O SEGUINTE:
4.1. Vá até à mulher de vida airada que por acaso também é
sua progenitora, pois eu já não sou mais um ser humano do
sexo masculino que usa calções, e a actividade sexual não é
para mim um lazer, mas sim uma necessidade premente.
4.2. Não me venha com "colóquios flácidos para acalentar
bovinos"  (conversa mole pra boi dormir) de que pensava que
eu era diferente.
4.3. Saiba que vou processá-la por me iludir, aparentando ser
a mulher dos meus sonhos, e, na verdade, só me fez perder
tempo, dinheiro e deitar elogios fora, além de me abalar
emocionalmente.

Sinceramente, sem mais de momento, fique com o meu cordial
'vá levar bem no meio do orifício rugoso localizado na região
ínfero-lombar de sua anatomia' que este relacionamento já
inflou o volume da minha bolsa escrotal! (encheu o meu saco)!

Dou assim por encerrado o nosso relacionamento, nada mais
subsistindo entre nós, salvo o dever de indemnização pelos
prejuízos causados.

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