Eram dois pescadores gémeos.
Um casado e o outro solteiro.
O solteiro tinha uma lancha de pesca já velha, mas era de onde tirava seu sustento.
Um dia, a mulher do casado morre.
E como uma desgraça nunca vem só, a lancha do irmão solteiro afunda-se no mesmo dia.
Uma senhora, dessas velhotas curiosas e fofo-queiras, soube da morte da mulher e resolve dar os pêsames ao viúvo, mas confunde os irmãos e acaba por se dirigir ao irmão solteiro que perdeu a lancha.
- Eu só soube agora. Que perda enorme. Deve ser terrível para si.
O solteiro, sem entender bem, explicou:
- Pois é. Eu estou arrasado. Mas é preciso ser forte e enfrentar a realidade. De qualquer modo, ela já estava muito velha. Tinha o traseiro todo arrebentado, fedia a peixe e vazava água como nunca vi. É verdade que ela tinha uma grande racha na frente e um buraco atrás que, cada vez que eu os usava, ficavam maiores. Penso que, o que ela não aguentou foi que eu a emprestava a quatro amigos que se divertiam com ela. Eu sempre lhes disse para eles irem com calma, mas desta vez foram os quatro juntos e isso foi demais para ela...
A velhinha fofo-queira desmaiou!
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Constituição da República Portuguesa, Artigo 37º
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