1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.


Constituição da República Portuguesa, Artigo 37º

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

O papagaio


Em qualquer lugar de Portugal, um menino regressa da escola cansado por andar a pé uma
grande distância. O governo subiu os preços e não há dinheiro para o
passe..
Faminto, pergunta à mãe;
- Mãe, o que temos para comer?...
- Nada, filho!...
O menino olha para o papagaio que têm em casa e pergunta:
- Mamã, porque não comemos papagaio com arroz?...
- Não há arroz!....
- E papagaio ao forno?...
- Não há gás!...
- E papagaio no grelhador elétrico?...
- Não há eletricidade!...
- E papagaio frito?...
- Não há azeite!...
O papagaio felicíssimo gritou:

PUTA QUE PARIU. VIVA O PSD!!!...

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

" E ASSIM SUCESSIVAMENTE, ATÉ À IMPLOSÃO FINAL "

• Miguel Sousa Tavares, RENDIÇÃO

[na última edição do Expresso]:

‘Fora do círculo dos cinco terroristas económicos que nos governam, fora da nave de loucos supostamente conduzida pelo primeiro-ministro Passos Coelho, não há uma alma penada que não tenha percebido já que seguimos uma estratégia de suicídio colectivo. Se o défice voltou a falhar as previsões este ano, se o desemprego foi “uma desagradável surpresa”, se a recessão foi e será sempre acima do previsto, se a receita fiscal “estranhamente” caiu, mesmo aumentando impostos além do sustentável (tal como se aprende, afinal, em qualquer manual de economia para principiantes, excepto o do António Borges), já não é por culpa do nunca explicado “buraco colossal” que herdaram, nem por culpa do Tribunal Constitucional (cujo acórdão só teria efeito para o ano): é apenas e só por culpa da chocante incompetência desta gente. É porque eles falharam em toda a linha, que vamos agora ter de pagar o seu falhanço de 2012 e o próximo. E assim sucessivamente, até à implosão final.

(...)

E se aceitarmos que pelo facto de sermos um pequeno país num clube dominado por grandes países, não nos resta nada senão ficar calados e obedecer, então o que está em causa já não é saber como sairemos desta crise, mas o que fazemos na União Europeia. Quando se é convidado para jantar em casa dos poderosos ou avançamos para a mesa como iguais ou acabamos na cozinha, tratados como pedintes.

Eu não me conformo com isso. Entre todas as promessas que traiu, todas as coisas que disse que ia fazer e não fez, e todas as outras que jurou jamais fazer e fez, há uma coisa pela qual Passos Coelho não merece perdão: dizer que estava preparado para governar. A ignorância só é desculpável quando é humilde, não quando se mascara de sapiência e suficiência, sabendo que, com isso, vai causar danos a terceiros de boa-fé. Mas é o que temos, por ora. E, se ele não tem coragem para estar à altura da situação e fazer o que tem de fazer como primeiro-ministro de um país com quase 900 anos de história, que agoniza, sem sentido nem dignidade, pois que acorde então Sua Excelência que habita no Palácio de Belém e que tem o dom de falar quando é fácil ou lhe convém e de ficar calado e quieto quando acha prudente. Que Cavaco Silva obrigue o PM a defender Portugal, que o substitua nisso, se necessário, ou que o demita, se não restar alternativa. Mas que se deixe de silêncios palacianos e jogos florentinos, à mistura com desabafos de alma no Facebook. Eu nem sequer tenho conta no Facebook e não penso vir a tê-la para ler as mensagens criptadas do alter ego do Presidente da República. Ó, sorte a nossa!’

Cuidado com a velhinha

Uma velhinha subia a rua transportando dois enormes sacos negros, desses que são usados para o lixo. Um deles, roto, deixava de quando em quando cair no chão parte do conteúdo, neste caso notas de 100 Euros. 

Há um polícia que a interpela.

"A senhora tem de ter mais cuidado" disse-lhe o guarda. "É que está a deixar cair dinheiro desse enorme saco...". 

"Muito obrigada senhor guarda" agradeceu ternamente a velhinha. "Tenho de voltar atrás e apanhar o dinheiro que me caiu... Muito obrigada!". 

O polícia, curioso não a deixou de imediato.

"Esse saco enorme, cheio de dinheiro, de onde vem? Não é dinheiro roubado, não?". 

"Que ideia, senhor guarda! Não!", disse ela quase indignada. "Eu moro ali ao lado do estádio de futebol, ali em baixo, sabe?". 

O polícia assentiu que sim. 

"Tenho ali uma casinha com um jardinzinho, umas roseiras, umas buganvílias...". "E os espectadores, à entrada e à saída têm o hábito de se encostar aos arbustos e urinar mesmo em cima dos meus canteiros. De maneira que nos dias de jogo eu escondo-me atrás do muro com a minha tesoura de podar e, quando eles estão a "aliviarem-se", eu apareço e digo "Ou me dás cem euros ou corto!".

O polícia riu-se em gargalhadas francas.

"Não me parece nada má ideia, sabe?".

Preparava-se para deixar a velhinha seguir o seu destino quando lhe perguntou: "Mas e o outro saco, também tem dinheiro?". 

"Ah, senhor guarda, sabe como é, nem toda a gente paga..."

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