1. Todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informados, sem impedimentos nem discriminações.
2. O exercício destes direitos não pode ser impedido ou limitado por qualquer tipo ou forma de censura.


Constituição da República Portuguesa, Artigo 37º

sábado, 26 de maio de 2007

Vodafone em grande

Mail para a VODAFONE a pedir cancelamento do contrato.

Cancelamento de contrato- telefone 914504626

Ex mos. Senhores,

Por falecimento da V. cliente Maria Fernanda V**** de M****** Teles, no passado dia 28 de Novembro, queiram por favor proceder ao cancelamento do respectivo contrato, a partir do corrente mês de Dezembro inclusive.

A mesma informação será enviada por correio, conforme carta anexa.

Sem outro assunto,

Alda Teles

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RESPOSTA DA VODAFONE
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Muito boa tarde, como está?
Para podermos efectuar a desactivação definitiva é necessário que nos envie uma cópia da certidão de óbito do titular.
Deverá confirmar o nº de contribuinte ou nº de conta Vodafone.

Boas festas. Viva o momento, Now!

P. Santos


Nota: Caso necessite contactar-nos novamente sobre o mesmo assunto agradecemos que faça reply deste e-mail.



NOVO MAIL DO CLIENTE
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-----Original Message-----

Re: Cancelamento de contrato- telefone 914504626

Boa tarde. estou bem, muito obrigada. A minha mãe faleceu, por isso estou óptima e vivo o momento, now!

Agradecia que me indicasse a morada para onde deve ser enviada a certidão de óbito.

Boas festas também para si.



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ADN


Depois de um dia de conferências, muitos colegas doutores encontram-se no Bar do hotel. E ai contam as suas últimas conquistas científicas.

O australiano começa:
- Tivemos um fulano que foi atropelado e a única coisa intacta que tínhamos era o seu dedo mindinho.
Pois, a nossa equipa conseguiu, pelo ADN, refazer a mão, um novo braço, um novo corpo!
O paciente ficou tão capacitado que ao ter alta, tirou o emprego de cinco pessoas!

- Isso não é nada! - Diz o americano.
- Nós tivemos o caso de um operário que caiu no reactor atómico de uma central nuclear!
A única coisa que sobrou dele foi um cabelo.
Pois pelo ADN dele conseguimos reconstituir completamente todo o seu corpo. Depois de ter alta, esse paciente mostrou-se tão eficiente que cinquenta pessoas perderam o emprego.

O português pede a palavra:
- O caso que vou contar é muito mais interessante:
Um dia em que eu estava a andar pelo hospital senti o cheiro de um peido... Imediatamente, capturei-o num saco que levei até ao laboratório. Chamei a minha equipa e começámos a trabalhar. Primeiro, a partir do peido, fizemos um ânus, em seguida reconstituímos o intestino, e depois, pouco a pouco, todo o corpo e por fim o cérebro.
O projecto desta criatura foi chamado José Sócrates e está a ter um desempenho tão fantástico que milhares de pessoas vão perder o emprego!!!



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Andam a lixar

"O novo estádio da cidade de Al-Kahder, nos arredores de Belém, na Cisjordânia, cuja construção foi financiada por Portugal, através do Instituto Português de Cooperação para o Desenvolvimento, vai ser inaugurado na próxima segunda-feira. O recinto custou dois milhões de dólares, tem capacidade para seis mil espectadores, é certificado pela FIFA e dispõe de piso sintético e iluminação. A cerimónia de inauguração abrirá com uma marcha de escuteiros locais, conduzindo as bandeiras de Portugal e da Palestina, e a execução dos respectivos hinos nacionais.
Já fechámos urgências, maternidades, centros de saúde e escolas primárias, mas oferecemos um estádio à Palestina. Devíamos fechar o Hospital de Santa Maria e oferecer um pavilhão multiusos ao Afeganistão. A seguir fechávamos a cidade Universitária e oferecíamos um complexo olímpico (também com estádio) à Somália e por último fechávamos a Assembleia da República e oferecíamos os nossos políticos aos crocodilos do Nilo.
(coitadinhos dos bichinhos)


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domingo, 20 de maio de 2007

Ficou sem carta três horas após ter feito exame

Ela tinha acabado de passar no exame de condução. E ficou sem a carta quando foi apanhada a conduzir bêbeda, com o instrutor no lugar do passageiro.

Tinham passado apenas três horas. E já Kristina Andreeva ficava sem a possibilidade de conduzir, de novo. Passou no exame e foi celebrar com o instrutor. Não estaria à espera é que a polícia a mandasse parar por condução errática. O teste do balão deu três vezes mais do que o limite permitido por lei na Bulgária, e Kristina ficou imediatamente sem carta.

Ao lado, estava Ivan, o seu instrutor de condução - também com mais álcool no sangue do que o permitido - que além de ter perdido a carta ainda ficou sem a carteira profissional e impedido de exercer a profissão de instrutor, por encorajar à condução perigosa.

Kristina desculpa-se: «Tinha prometido ao meu instrutor que lhe pagaria um copo caso passasse no exame de condução. Fomos ao café e bebemos uns copos de vinho. Ofereci-me para lhe dar boleia para casa e esqueci-me que não se pode conduzir e beber ao mesmo tempo.


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CALEM-ME A CRIANCINHA QUE NÃO CONSIGO MASTIGAR

Estava Miguel Sousa Tavares na TVI a comentar a nova Lei do Tabaco quando da sua boca saltou esta pérola: o fumo nos restaurantes, que o Governo quer limitar, incomoda muitíssimo menos do que o barulho das crianças - e a estas não há quem lhes corte o pio. Que bela comparação. Afinal, o que é uma nuvenzinha de nicotina ao pé de um miúdo de goela aberta? Vai daí, para justificar a fineza do seu raciocínio, Sousa Tavares avançou para uma confissão pessoal: "Tive a sorte de os meus pais só me levarem a um restaurante quando tinha 13 anos." Há umas décadas, era mais ou menos a idade em que o pai levava o menino ao prostíbulo para perder a virgindade. O Miguel teve uma educação moderna - aos 13 anos, levaram-no pela primeira vez a comer fora.

Senti-me tocado e fiz uma revisão de vida. É que eu sou daqueles que levam os filhos aos restaurantes. Mais do que isso. Sou daquela classe que Miguel Sousa Tavares considerou a mais ameaçadora e aberrante: os que levam "até bebés de carrinho!". A minha filha de três anos já infectou estabelecimentos um pouco por todo o país, e o meu filho de 14 meses babou-se por cima de duas ou três toalhas respeitáveis. É certo que eles não pertencem à categoria CSI (Criancinhas Simplesmente Insuportáveis), já que assim de repente não me parece que tenham por hábito exibir a glote cada vez que comem fora - mas, também, quem é que acredita nas palavras de um pai? E depois, há todo aquele vasto campo de imponderáveis: antes de os termos, estamos certos de que vão ser CEE (Crianças Exemplarmente Educadas), mas depois saltam cá para fora, começam a crescer e percebemos com tristeza que vêm munidos de vontade própria, que nem sempre somos capazes de controlar.

O que fazer, então? Mantê-los fechados em casa? Acorrentá-los a uma perna do sofá? É uma hipótese, mas mesmo essa é só para quem pode. Na verdade, do alto da sua burguesia endinheirada, e sem certamente se aperceber disso, Miguel Sousa Tavares produziu o comentário mais snobe do ano. Porque, das duas uma, ou os seus pais estiveram 13 anos sem comer fora, num admirável sacrifício pelo bem-estar do próximo, ou então tinham alguém em casa ou na família para lhes tomar conta dos filhinhos quando saíam para a patuscada. E isso, caro Miguel, não é boa educação - é privilégio de classe. Muita gente leva consigo a prole para um restaurante porque, para além do desejo de estar em família, pura e simplesmente não tem ninguém que cuide dos filhos enquanto palita os dentes. Avós à mão e boas empregadas não calham a todos. A não ser que, em nome do supremo amor às boas maneiras, se faça como os paizinhos da pequena Madeleine: deixá-la em casa a dormir com os irmãos, que é para não incomodar o jantar.

João Miguel Tavares
Jornalista



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terça-feira, 15 de maio de 2007

Vacas Loucas....

Vira-se uma jovem que fazia inquéritos para um camponês:
- Boa tarde! Estamos aqui para recolher informação sobre a razão do aparecimento da Doença das Vacas Loucas.
Tem alguma ideia de qual será a razão?
Diz o camponês (muito admirado):
- A menina sabe que o boi dá uma queca na vaca uma vez por ano?
Ela (embaraçada):
- Bem...senhor, uma nova informação, mas qual é a relação desse fenómeno com as doenças?
Diz o camponês:
- Bem, senhora, sabe que mugimos a vaca quatro vezes por dia?
- Senhor, é uma informação valida, sem duvida, mas e se respondesse à questão?
- Eu estou a responder à questão, senhora! Imagine se eu estivesse a brincar com as suas mamas quatro vezes por dia e se só lhe desse uma queca por ano, você também não ficava LOUCA????


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Oi, tudo bem

Estava eu sentado na casa de banho ,fazendo as minhas necessidades, quando ouço “Oi, tudo bem???”


Não é que goste muito conversas nestes momentos...muito menos não sabendo quem se encontra do outro lado, mas não sendo indelicado... Respondi “Estou ótimo!”



E o outro pergunta: “O que é que estás a fazer?”

Mas que pergunta mais sem lógica. Achei até um pouco bizarro, mas respondi: “Então. Acho que o mesmo que tu...”



Agora que estava a chegar ao ponto alto da situação...oiço:
“Posso ir ter contigo?“ OK, esta já foi demais, mas não querendo ser mal educado. Respondi: „Não....Neste momento estou muito ocupado....!“



Então oiço ele a responder: “Olha... eu ligo para ti mais tarde, porque tenho um Idiota sentado aqui ao lado, cada vez que eu falo contigo, ele responde-me.....“


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domingo, 13 de maio de 2007

Negociar

A Nestlé solicitou uma reunião com o Papa no Vaticano. Após receber a bênção do mesmo, o representante cochichou:

- Vossa Santidade, nós temos uma oferta. A Nestlé está disposta a doar EURO 50 milhões à Igreja se Vossa Santidade mudar a frase da oração Pai Nosso, de "o pão nosso de cada dia nos dai hoje" para "o café nosso de cada dia nos dai hoje".

O Papa responde:

- Isto é impossível. A oração é a palavra do Senhor e não pode ser mudada.

- Bem - diz o homem - nós já prevíamos sua relutância e, por isso, nós aumentamos a oferta para EURO 100 milhões. Tudo o que pedimos é que se mude a frase de pão para café.

Novamente o Papa responde

- Isto, meu filho, é impossível. A prece é a palavra de Deus e não pode ser mudada.

Finalmente, o homem da Nestlé diz:

- Vossa Santidade, nós da Nestlé respeitamos a vossa fé, mas nós temos uma oferta final: doaremos EURO 500 milhões para a Igreja Católica, simplesmente se a frase "o pão nosso de cada dia" for mudada para "o café nosso de cada dia". Por favor, pense nisso. - e o homem retirou-se.

No dia seguinte, o Papa convoca o Colégio dos Cardeais e diz:

- Tenho 2 notícias para dar: uma má e a outra boa. A boa notícia é que a Igreja vai receber uma doação de EURO 500 milhões.

- E a má notícia, Santidade? - pergunta um dos cardeais.

Responde o Papa:

- Nós vamos rescindir o contrato com a Panrico!

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A diferença entre o Pênis e o Caraio!!!

Duas amigas se encontraram num ponto de ônibus:
- E aí, Creuza, porque tu num foi ao pagodi onti?
- Pagodi? Qui pagodi qui nada, Craudete! Eu ônti saí cum branco de fechá o cumercio!
- Tu saiu cum branco? Branco mermo?
-Tô falando, mulé! O nome dele é Célio.O cara tá amarradão na minha figura!
- Me conta isso direito, Creuza! Cumo foi qui tu arranjô essa préula?
- Tudo muito simpres, Craudete. Eu ia passando pela rua, ele se agradou daminha pessoa, puxô cunversa e marcamo pra saí dinoite.
- E onde foi que tu se incontrô com ele?
- Sincontrei? Tu tá doida? O Célio foi me buscá em casa, que ele é um homi muito do fino! Hora marcada! E veio me buscá de carro, minha ega!
Eu não deixei por menos e me enfeitei toda, naquele justinho pretinho e dorado. Subi naquele tamanco vermeio e tasquei aqueles brinco pratiado que tu me deu!
- Creuza, tu divia tá um arrazo! Aí cês foram fazê um lanche?
- E tu acha qui o Célio é homi di fazê lanche? Fumo num belo dum restaurante na Zona Sul. Cumi inté camarão, Craudete!
- Tô toda arripiada! E depois, Creuza?
- Depois nós fumo dançá numa buati de crasse. Tiramo aquele sarro! Tomei até uísqui 12 ano! Se esbardei!
- Qui inveja qui eu tô, mulé! Minha Nossa Sora Parecida! Depois oceis foram pro motel,é craro!
- Craro qui não! Não fala bestera, Craudete! É craro qui nós fumo pru apartamento dele! Qui apê, mulé! Um luxo só! Sabe daqueles sofá que afunda quando agente senta? Pois é!
- Deus seja louvado! E aí, Creuza? Já tô ficando toda impipocada!
- Bom, aí nós cumeçamo a namorá. Beijo pra lá, beijo pra cá. Fumo tirando a rôpa... E aí ele pediu preu pegá o pênis dele!
- Péra aí, Creuza! Pênis? Qui diabo é isso?
- Pôrra, Craudete, como tu é inguinorante! É o mesmo qui caraio, só que é mais branquinho, mais molinho e mais menor!!!

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segunda-feira, 7 de maio de 2007

Língua Portuguesa

Redacção feita por uma aluna de Letras, que obteve a vitória num concurso interno promovido pelo professor da cadeira de Gramática Portuguesa.


Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador.

Um substantivo masculino, com aspecto plural e alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. O artigo, era bem definido, feminino, singular.
Ela era ainda novinha, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era ingénua, silábica, um pouco átona, um pouco ao contrário dele, que era um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por leituras e filmes ortográficos.
O substantivo até gostou daquela situação; os dois, sozinhos, naquele lugar sem ninguém a ver nem ouvir. E sem perder a oportunidade, começou a insinuar-se, a perguntar, conversar. O artigo feminino deixou as reticências de lado e permitiu-lhe esse pequeno índice.

De repente, o elevador pára, só com os dois lá dentro.

Óptimo, pensou o substantivo; mais um bom motivo para provocar alguns sinónimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a movimentar-se. Só que em vez de descer, sobe e pára exactamente no andar do substantivo.

Ele usou de toda a sua flexão verbal, e entrou com ela no seu aposento.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em silêncio, ouvindo uma fonética clássica, suave e relaxante. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um hiato com gelo para ela.

Ficaram a conversar, sentados num vocativo, quando ele recomeçou a insinuar-se. Ela foi deixando, ele foi usando o seu forte adjunto adverbial, e rapidamente chegaram a um imperativo.

Todos os vocábulos diziam que iriam terminar num transitivo directo.

Começaram a aproximar-se, ela tremendo de vocabulário e ele sentindo o seu ditongo crescente. Abraçaram-se, numa pontuação tão minúscula, que nem um período simples, passaria entre os dois. Estavam nessa ênclise quando ela confessou que ainda era vírgula.

Ele não perdeu o ritmo e sugeriu-lhe que ela lhe soletrasse no seu apóstrofo. É claro que ela se deixou levar por essas palavras, pois estava totalmente oxítona às vontades dele e foram para o comum de dois géneros.

Ela, totalmente voz passiva. Ele, completamente voz activa. Entre beijos, carícias, parónimos e substantivos, ele foi avançando cada vez mais.

Ficaram uns minutos nessa próclise e ele, com todo o seu predicativo do objecto, tomava a iniciativa. Estavam assim, na posição de primeira e segunda pessoas do singular.

Ela era um perfeito agente da passiva; ele todo paroxítono, sentindo o pronome do seu grande travessão forçando aquele hífen ainda singular.

Nisto a porta abriu-se repentinamente.

Era o verbo auxiliar do edifício. Ele tinha percebido tudo e entrou logo a dar conjunções e adjectivos aos dois, os quais se encolheram gramaticalmente, cheios de preposições, locuções e exclamativas.

Mas, ao ver aquele corpo jovem, numa acentuação tónica, ou melhor, subtónica, o verbo auxiliar logo diminuiu os seus advérbios e declarou a sua vontade de se tornar particípio na história. Os dois olharam-se; e viram que isso era preferível, a uma metáfora por todo o edifício.

Que loucura, meu Deus!

Aquilo não era nem comparativo. Era um superlativo absoluto. Foi-se aproximando dos dois, com aquela coisa maiúscula, com aquele predicativo do sujeito apontado aos seus objectos. Foi-se chegando cada vez mais perto, comparando o ditongo do substantivo ao seu tritongo e propondo claramente uma mesóclise-a-trois.

Só que, as condições eram estas:

Enquanto abusava de um ditongo nasal, penetraria no gerúndio do substantivo e culminaria com um complemento verbal no artigo feminino.

O substantivo, vendo que poderia transformar-se num artigo indefinido depois dessa situação e pensando no seu infinitivo, resolveu colocar um ponto final na história. Agarrou o verbo auxiliar pelo seu conectivo, atirou-o pela janela e voltou ao seu trema, cada vez mais fiel à língua portuguesa, com o artigo feminino colocado em conjunção coordenativa conclusiva.


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Máquina de sabonetes

É domingo, o convento está quase vazio e pouco falta para a missa das 9. Dois padres vão tomar banho. Já estão nus quando dão pela falta de sabonete que a pressa fez esquecer. Diz um deles:
-Vou num instante ao meu quarto que fica aqui mesmo ao fim do corredor e trago dois sabonetes.
E juntando a fala à acção, corre para o quarto, tão despido quanto está. De volta, com um sabonete em cada uma das mãos, dá de caras com três freiras, já a caminho da missa. A primeira coisa que se lembra é fingir-se de estátua. As freiras olham espantadas a estátua desconhecida e comentam:
- Que figura linda, perfeita...
Uma delas, de olhar fixo na "pindureza" do padre, resolve dar-lhe um puxão. A reacção do padre à dor provoca a queda de um sabonete. A freira apanha-o e conclui para as outras:
- Afinal, não é estátua nenhuma. É uma máquina de sabonetes!
A freira mais próxima também quer:
Outro puxão, nova dor e o segundo sabonete no chão!
- Que coisa gira!!! - Exclamam, felizes.
A terceira freira, não querendo ficar atrás, também dá o seu puxão e nada! Puxa de novo e nada; outra vez e nada; e puxa e nada; e puxa e puxa e puxa e puxa, puxa, puxa, puxa, puxa, puxa, puxa... E conclui maravilhada:
-Deus seja louvado... também dá "gel de banho"!!


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Desde o 25 de Abril

Governos «desbarataram» 483 toneladas de ouro

Em 1974, os cofres do Banco de Portugal estavam a abarrotar de reservas de ouro: 865.936toneladas.
Três décadas depois restam pouco mais de 380 toneladas. Como tem sido gerido o metal precioso?
E para onde foram canalizados os lucros da sua venda? Só no ano passado a instituição liderada por Vítor Constâncio «engordou» o Estado com 60 milhões de euros de ouro vendido

Ana Clara – O DIABO – 01.05.2007

Afinal, que reservas de ouro tem o nosso País? Por que razão os governos nunca recorreram ao ouro do Banco de Portugal (BP) para financiar reformas?
O assunto raramente é falado e, à excepção do economista e antigo ministro das Finanças, Miguel Ca-
dilhe, — que tem proposto a utilização deste tipo de reservas para tornar possível uma profunda reforma da Administração Pública — a opinião pública parece não ter muita vontade para debater o assunto.

O DIABO foi saber que ouro existe no País. De acordo com o BP, em 2006, Portugal tinha cerca de 382.540 toneladas deste metal precioso. Desde 1974 que as reservas têm vindo a diminuir. Contas feitas, se há 33 anos o País tinha 865.936 toneladas de ouro, já no final do ano passado os cofres estavam mais vazios, com menos 483 toneladas. (Ver Quadro).

Em 1999, o BP assinou um acordo com um conjunto de outros bancos centrais e adoptou uma política de diversificação das reservas externas. Desde essa altura as vendas de ouro dispararam, no entanto, a autoridade monetária nacional é, neste momento, a que, em todo o mundo, tem maior peso de ouro nas suas reservas externas (cerca de 80 por cento).

Quanto a ganhos, segundo o que apuramos, do resultado líquido de 2005, no montante de 120, 29 milhões de euros, esses mesmos ganhos foram distribuídos da seguinte forma:
10 por cento dizem respeito à reserva legal (€ 120.029. 442. 91 milhões), 10 por cento para outras reservas (€120. 029. 442. 91 milhões), 30 por cento para outras reservas (€ 36.088.328.73 milhões) e 50 por cento para o Estado a título de dividendos (€60.147.214.55 milhões).

Em Julho e Setembro de 2006, o Banco de Portugal informou que procedeu a vendas de 15 e 35 toneladas das suas reservas de ouro. À semelhança das vendas anteriores — ao abrigo do «Acordo dos Bancos Centrais sobre o ouro» de 27 de Setembro de 2004 — as operações tiveram como objectivo continuar a diversificação das reservas externas e os ganhos realizados dela resultantes foram transferidos para a reserva especial existente no Banco de Portugal.

Os ganhos obtidos com as vendas de ouro, de acordo com a Lei Orgânica do BP, são colocados numa reserva especial do banco e o qual constitui parte integrante dos capitais próprios do banco. E mesmo sem o contributo das mais-valias geradas pela venda de ouro — colocadas nesse fundo—, o Banco de Portugal entregou, em 2006, um dividendo ao Estado de 60,1 milhões de euros, mais 77 por cento que em 2005.

Sobre o facto de o Governo poder recorrer às reservas de ouro do BP para financiar reformas, a verdade é que de acordo com a instituição liderada por Constâncio tal situação não é possível porque «a lei não permite este tipo de operação».

Opção política

Confrontado com a questão do ouro do BP, Tavares Moreira, economista e antigo governador deste banco, «o ouro é património da instituição», referindo que «aquilo que se pode utilizar são os lucros provenientes da venda dessas reservas» e que já está a ser feito.

Lembra que os lucros provenientes da venda das reservas de ouro têm vindo a ser realizados no âmbito do programa definido pelo Banco Central Europeu. Essas vendas, sublinha, «estão a ser programadas nesse período de acordo com o calendário definido». «A verdade é que o Banco já tem vindo a encaixar lucros embora não muito elevados,
porque as reservas do BP já estavam contabilizadas a um preço relativamente alto, mas com a cotação actual, certamente que essas vendas dão lucros apreciáveis, simplesmente esses lucros são incorporados nos resultados do BP e depois são transferidos para o Estado sob a forma de comparticipação de resultados», explica, lembrando que o Estado português já está a receber os lucros
provenientes dessas reservas, ao abrigo de rendimentos, das receitas do Estado e de outras receitas que
não os impostos.

Sobre a utilização que os Governos fazem dos dividendos que recebem das vendas do ouro Tavares
Moreira frisa que «isso é algo que compete ao Estado decidir»: «se quiser criar um Fundo para as reformas, poderá eventualmente fazê-lo. Se bem que até ao momento entenderam que não é necessário».

«O problema de financiar as reformas estruturais tem que se pôr em relação a todas as receitas do Estado e não apenas em relação aquelas que o Estado recebe pelos resultados do BP», sustenta, dizendo que cabe ao Estado «dizer como é que vai financiar essas reservas».

Afirma que se trata de uma «opção política» e que cabe apenas ao Governo decidir se «realmente vale a pena fazer uma operação desse tipo». Tavares Moreira diz ainda que mais importante que a forma de financiamento das reformas, «o fundamental importante é que elas sejam feitas e se crie capacidade para as realizar. A questão do financiamento é uma opção política».



Acordo dos Bancos Centrais



Desde 1999 que as vendas de ouro do BP são efectuadas ao abrigo do «Acordo dos Bancos Centrais sobre o Ouro». No final de 2002, o banco liderado por Vítor Constâncio procedeu à venda de 15 toneladas tendo por objectivo a diversificação da composição das reservas externas. Durante o mês de Fevereiro de 2003 foram vendidas mais 30 toneladas, em Março e Abril do mesmo ano venderam-se mais 45. Em Maio de 2004, o BP informava que nos meses anteriores tinham sido vendidas 35 toneladas e em Dezembro desse ano, o Banco dava conta de mais 20. Já em Julho de 2005, informava-se que tinham sido vendidas nesse ano 35 toneladas, sendo em Dezembro divulgado mais 10 toneladas vendidas. A 3 de Julho do ano passado tinham sido vendidas 15 toneladas, sendo que em Setembro juntar-se-iam mais 20.

Segundo este Acordo assinado em 1999 entre o BP e mais 14 Bancos Centrais Nacionais, as instituições signatárias defendem que o ouro «continua a ser um elemento importante das reservas monetárias globais». Além disso, os bancos centrais em causa «não participarão nos mercados como vendedoras, à excepção das vendas já decididas».

Este acordo foi revisto em 2005 e estipulava que nesse período as vendas anuais nunca poderiam exceder as 400 toneladas e as vendas totais nunca deviam exceder as duas mil toneladas.


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quinta-feira, 3 de maio de 2007

Claro... a culpa é dos Funcionários Públicos…

Jovem recém-licenciada nomeada administradora.
A Administração do Centro Hospitalar do Nordeste Transmontano (CHNT) ficou completa a
partir do início deste mês depois da nomeação de Cláudia Miranda como vogal executiva
da mesma Administração.
Cláudia Miranda ainda não tem 20 anos e em termos de currículo está a construí-lo,
muito ajudando a actual nomeação política para o lugar de administradora do CHNT.
No seu currículo sobressaem as funções de professora substituta do Instituto Politécnico de
Bragança, onde seria obrigada a deixar lugar depois de o respectivo titular regressar.
A nova administradora vai auferir o vencimento de 3 000 euros (600 contos) líquidos,
acrescidos de automóvel, combustível, telemóvel e algumas despesas de representação.
Entretanto, perspectiva-se já que esse vencimento venha a subir para 800 contos
líquidos em virtude o actual vencimento ainda corresponder à categoria dos vogais da
administração do antigo Hospital de Bragança e não à categoria de vogal de um Centro
Hospitalar.
Porque é que uma jovem sem currículo é nomeada para lugar ... de tanta responsabilidade...
a avaliar pelo vencimento e mordomias?... Será pelas suas eventuais futuras
relações matrimoniais com o actual líder distrital da JS?...
Pela ideia que nos "venderam" dele, não nos parece rapaz de deitar a perder as suas convicções
políticas por tão pouco!... Mas por que será, então?... Não conseguimos apurar.
Objectivamente é o que podemos dizer.
Só para terminar, já está a ganhar como vogal da Administração desde os primeiros dias
de Fevereiro, mas ainda não se apresentou ao serviço!...
Claro... a culpa é dos Funcionários Públicos…

A VOZ DO NORDESTE - http://www.avozdonordeste.info


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terça-feira, 1 de maio de 2007

Você viu?

Um bêbado estava a passar por um rio, quando viu um grupo de evangélicos a orar e a cantar. Resolveu perguntar:
- O que se está a passar... hic... aqui?·
- Estamos a fazer um baptismo nas águas. Você também deseja encontrar o Senhor?
- Hic... Eu quero, sim...
Os evangélicos vestiram o bêbado com uma roupa branca e levaram-no para a fila. Numa margem do rio estava um pastor que pegava nos fiéis, mergulhava a cabeça deles na água, depois tirava e perguntava:
- Irmão... viste Jesus?
- Ó, eu vi, sim...
E todos os evangélicos diziam:
- Aleluia! Aleluia!
Quando chegou a vez do bêbado, o pastor meteu-lhe a cabeça na água, depois tirou e perguntou-lhe:
- Irmão... viste Jesus?
- Não! - Disse o bêbado.
O pastor colocou novamente a cabeça do bêbado na água e deixou-a lá um certo tempo. Depois tirou-a e perguntou:
- E agora, irmão... viu Jesus?
O bêbado já bastante ofegante, lá disse:
- Não!
O pastor, já nervoso, colocou de novo a cabeça do bêbado debaixo de água e deixou-a lá por uns cinco minutos. Depois puxou o bêbado e perguntou-lhe:
- E agora, irmão... já conseguiste ver Jesus?
O bêbado, já mole e trôpego de tanta água engolir, disse:
- Porra já disse que não! Mas vocês.... - têm a certeza de que ele caiu aqui????...



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Brasil real...

Trata-se de um retrato a soro e sangue não só do Brasil mas do mundo em que vivemos.

Marcola é o chefe dos "gangs" brasileiros que puseram S. Paulo a ferro e fogo. Entrevista dada ao Jornal O GLOBO por "Marcola", o líder do PCC,



- Coluna: Arnaldo Jabor



- "Você é do PCC?"



- Mais que isso, eu sou um sinal de novos tempos. Eu era pobre e invisível ... Vocês nunca me olharam durante décadas... E antigamente era mole resolver o problema da miséria... O diagnóstico era óbvio: migração rural, desnível de renda, poucas favelas, ralas periferias. A solução que nunca vinha... Que fizeram ? Nada. O governo federal alguma vez alocou uma verba para nós? Nós só aparecíamos nos desabamentos no morro ou nas músicas românticas sobre a "beleza dos morros ao amanhecer", essas coisas... Agora, estamos ricos com a multinacional do pó. E vocês estão morrendo de medo... Nós somos o início tardio de vossa consciência social... Viu? Sou culto...Leio Dante na prisão..



- Mas... A solução seria...



- Solução? Não há mais solução, cara... A própria ideia de "solução" já é um erro. Já olhou o tamanho das 560 favelas do Rio? Já andou de helicóptero por cima da periferia de São Paulo? Solução como? Só viria com muitos bilhões de dólares gastos organizadamente, com um governante de alto nível, uma imensa vontade política, crescimento económico, revolução na educação, urbanização geral; e tudo teria de ser sob a batuta quase que de uma "tirania esclarecida", que pulasse por cima da paralisia burocrática

secular, que passasse por cima do Legislativo cúmplice (Ou você acha que os 287 sanguessugas vão agir? Se bobear, vão roubar até o PCC...) e do Judiciário, que impede punições. Teria de haver uma reforma radical do processo penal do país, teria de haver comunicação e inteligência entre polícias municipais, estaduais e federais (nós fazemos até Conference Calls entre presídios...) E tudo isso custaria bilhões de dólares e implicaria numa mudança psicossocial profunda na estrutura política do país. Ou seja:

é impossível. Não há solução.



- Você não têm medo de morrer?



- Você é que têm medo de morrer, eu não. Aliás, aqui na cadeia vocês não podem entrar e me matar... Mas eu posso mandar matar vocês lá fora... Nós somos homens-bomba. Na favela tem cem mil homens-bomba... Estamos no centro do Insolúvel, mesmo... Vocês no bem e eu no mal e, no meio, a fronteira da morte, a única fronteira. Já somos uma outra espécie, já somos outros bichos, diferentes de vocês. A morte para vocês é um drama cristão numa cama, no ataque do coração... A morte para nós é o presunto diário,

desovado numa vala... Vocês intelectuais não falavam em luta de classes, em "seja marginal, seja herói"? Pois é: chegamos, somos nós! Ha, ha... Vocês nunca esperavam esses guerreiros do pó, né? Eu sou inteligente. Eu leio, li 3.000 livros e leio Dante... Mas meus soldados todos são estranhas anomalias do desenvolvimento torto desse país. Não há mais proletários, ou infelizes ou explorados. Há uma terceira coisa crescendo aí fora, cultivado na lama, se educando no absoluto analfabetismo, se diplomando nas cadeias, como um monstro Alien escondido nas brechas da cidade. Já surgiu uma nova linguagem. Vocês não ouvem as gravações feitas "com autorização da Justiça"? Pois é. É outra língua. Estamos diante de uma espécie de pós-miséria. Isso. A pós-miséria gera uma nova cultura assassina, ajudada pela tecnologia, satélites, celulares, Internet, armas modernas. É a merda com chips, com megabytes. Meus comandados são uma mutação da espécie social, são fungos de um grande erro sujo.



- O que mudou nas periferias?



- Grana. A gente hoje tem. Você acha que quem tem US$40 milhões como o Beira-Mar não manda? Com 40 milhões a prisão é um hotel, um escritório... Qual a polícia que vai queimar essa mina de ouro, tá ligado? Nós somos uma empresa moderna, rica. Se funcionário vacila, é despedido e jogado no "microondas"... Ha, ha... Vocês são o Estado quebrado, dominado por incompetentes. Nós temos métodos ágeis de gestão. Vocês são lentos e burocráticos. Nós lutamos em terreno próprio. Vocês, em terra estranha. Nós não tememos a morte. Vocês morrem de medo. Nós somos bem armados. Vocês vão de três-oitão. Nós estamos no ataque. Vocês, na defesa. Vocês têm mania de

humanismo. Nós somos cruéis, sem piedade. Vocês nos transformam em superstars do crime. Nós fazemos vocês de palhaços. Nós somos ajudados pela população das favelas, por medo ou por amor. Vocês são odiados. Vocês são regionais, provincianos. Nossas armas e produto vêm de fora, somos globais. Nós não esquecemos de vocês, são nossos fregueses. Vocês nos esquecem assim que passa o surto de violência.



- Mas o que devemos fazer?



- Vou dar um toque, mesmo contra mim. Peguem os barões do pó! Tem deputado, senador, tem generais, tem até ex-presidentes do Paraguai nas paradas de cocaína e armas. Mas quem vai fazer isso? O Exército? Com que grana? Não tem dinheiro nem para o rancho dos recrutas... O país está quebrado, sustentando um Estado morto a juros de 20% ao ano, e o Lula ainda aumenta os gastos públicos, empregando 40 mil picaretas. O Exército vai lutar contra o PCC e o CV? Estou lendo o Klausewitz, "Sobre a guerra". Não há perspectiva de êxito... Nós somos formigas devoradoras, escondidas nas brechas... A gente já tem até foguete antitanques... Se bobear, vão rolar uns Stingers aí... Pra acabar com a gente, só jogando bomba atómica nas favelas... Aliás, a gente acaba arranjando também "umazinha", daquelas bombas sujas mesmo... Já pensou? Ipanema radioativa?







- Mas... não haveria solução?



- Vocês só podem chegar a algum sucesso se desistirem de defender a "normalidade". Não há mais normalidade alguma. Vocês precisam fazer uma autocrítica da própria incompetência. Mas vou ser franco... na boa... na moral... Estamos todos no centro do Insolúvel. Só que nós vivemos dele e vocês... não têm saída. Só a merda. E nós já trabalhamos dentro dela. Olha aqui, mano, não há solução. Sabem por quê? Porque vocês não entendem nem a extensão do problema. Como escreveu o divino Dante: "Lasciate ogni speranza voi che entrate!" - Percam todas as esperanças. Estamos todos no inferno .


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